segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Baixo índice educacional brasileiro coloca o país em desvantagem na lista de IDH


A ONU acaba de divulgar um de seus índices mais esperados do ano: o IDH, que mede a qualidade de vida de 169 países do globo terrestre. E pela medição deste ano, o Brasil subiu 4 posições e agora ocupa a colocação de número 73 no ranking. É considerado pela ONU ainda um país de desenvolvimento humano elevado, mas a principal razão para o Brasil ocupar a posição de número 73, e não uma melhor, estaria no ainda baixo índice educacional de parcela expressiva da população. Por esse critério, nosso país ocupa a posição de número 105, o que rebaixa muito a avaliação final. A ONU reconhece a melhoria de nosso país na questão do acesso à renda, mas mesmo essa melhoria, na opinião do senador Cristovam Buarque do PDT do Distrito Federal, pode estar em risco durante os próximos anos, pois a educação e a renda tendem a caminhar cada vez mais juntas na nova economia. 
(CRISTOVAM BUARQUE): A economia vai começar a cair. Porque a economia vai ficar sempre e cada vez mais dependente de educação. Vai ficar pra trás, porque esta renda que cresce é produto que não tem a ver com a educação. É agricultura, é construção, é indústria automobilística. Não tem aí por trás deste crescimento da economia chips, produtos sofisticados de alta tecnologia. E daqui para a frente o que dinamiza uma economia é a tecnologia e a ciência, e o Brasil vai ficar pra trás. 
(REP): A nota final de nosso país foi 0,699. Quanto mais próximo de 1, melhor é a avaliação. Também prejudicou o Brasil no ranking deste ano a questão da desigualdade social, que fez com que o país perdesse 27,2% da sua avaliação. Os 5 melhores países do mundo em qualidade de vida segundo a ONU são Noruega, Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda. Na America do Sul, estão na frente do Brasil o Chile, Argentina, Uruguai e Peru. O pior colocado nas Américas é o Haiti. No geral, existe uma melhor qualidade de vida na Europa, na America do Norte e na Oceania, enquanto os piores colocados são os países africanos e do sudeste da Ásia.

Sergio Vieira
Rádio Senado

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