quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Prece de hoje


Que eu aprenda a não deixar meu coração se inquietar com o que é passageiro. Só a paz de Deus é perfeita. Só a felicidade que vem Dele é infinita. Só a vida que é vivida com Deus tem verdadeiro significado. 

"Fizeste-nos para Ti e inquieto está nosso coração, enquanto não repousa em Ti". 
Santo Agostinho

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

“Há uma tragédia silenciosa em nossas casas”


“Há uma tragédia silenciosa em nossas casas”, viral que tem contagiado a internet

 30 de junho de 2018
Por Victoria Prooday 


Há uma tragédia silenciosa que está se desenvolvendo hoje em nossas casas e diz respeito às nossas joias mais preciosas: nossos filhos. Nossos filhos estão em um estado emocional devastador! Nos últimos 15 anos, os pesquisadores nos deram estatísticas cada vez mais alarmantes sobre um aumento agudo e constante da doença mental da infância que agora está atingindo proporções epidêmicas.
As estatísticas:
– 1 em cada 5 crianças tem problemas de saúde mental;
– um aumento de 43% no TDAH foi observado;
– um aumento de 37% na depressão adolescente foi observado;
– um aumento de 200% na taxa de suicídio foi observado em crianças de 10 a 14 anos.
O que está acontecendo e o que estamos fazendo de errado?
As crianças de hoje estão sendo estimuladas e superdimensionadas com objetos materiais, mas são privadas dos conceitos básicos de uma infância saudável, tais como:
pais emocionalmente disponíveis;
limites claramente definidos;
responsabilidades;
nutrição equilibrada e sono adequado;
movimento em geral, mas especialmente ao ar livre;
jogo criativo, interação social, oportunidades de jogo não estruturadas e espaços para o tédio.
Em contraste, nos últimos anos as crianças foram preenchidas com:
– pais digitalmente distraídos;
– pais indulgentes e permissivos que deixam as crianças “governarem o mundo” e sem quem estabeleça as regras;
– um sentido de direito, de obter tudo sem merecê-lo ou ser responsável por
obtê-lo;
– sono inadequado e nutrição desequilibrada;
– um estilo de vida sedentário;
– estimulação sem fim, armas tecnológicas, gratificação instantânea e ausência de momentos chatos.
O que fazer?
Se queremos que nossos filhos sejam indivíduos felizes e saudáveis, temos que acordar e voltar ao básico. Ainda é possível! Muitas famílias veem melhorias imediatas após semanas de implementar as seguintes recomendações:
– Defina limites e lembre-se de que você é o capitão do navio. Seus filhos se sentirão mais seguros sabendo que você está no controle do leme.
– Oferecer às crianças um estilo de vida equilibrado, cheio do que elas PRECISAM, não apenas o que QUEREM. Não tenha medo de dizer “não” aos seus filhos se o que eles querem não é o que eles precisam.
– Fornecer alimentos nutritivos e limitar a comida lixo.
– Passe pelo menos uma hora por dia ao ar livre fazendo atividades como: ciclismo, caminhadas, pesca, observação de aves/insetos.
– Desfrute de um jantar familiar diário sem smartphones ou tecnologia para distraí-lo.
– Jogue jogos de tabuleiro como uma família ou, se as crianças são muito jovens para os jogos de tabuleiro, deixe-se guiar pelos seus interesses e permita que sejam eles que mandem no jogo.
– Envolva seus filhos em trabalhos de casa ou tarefas de acordo com sua idade
(dobrar a roupa, arrumar brinquedos, dependurar roupas, colocar a mesa, alimentação do cachorro etc.).
– Implementar uma rotina de sono consistente para garantir que seu filho durma o suficiente. Os horários serão ainda mais importantes para crianças em idade escolar.
– Ensinar responsabilidade e independência. Não os proteja excessivamente
contra qualquer frustração ou erro. Errar os ajudará a desenvolver a resiliência e a aprender a superar os desafios da vida.
– Não carregue a mochila dos seus filhos, não lhes leve a tarefa que esqueceram, não descasque as bananas ou descasque as laranjas se puderem fazê-lo por conta própria (4-5 anos). Em vez de dar-lhes o peixe, ensine-os a pescar.
– Ensine-os a esperar e atrasar a gratificação.
Fornecer oportunidades para o “tédio”, uma vez que o tédio é o momento em que a criatividade desperta. Não se sinta responsável por sempre manter as crianças entretidas.
– Não use a tecnologia como uma cura para o tédio ou ofereça-a no primeiro segundo de inatividade.
– Evite usar tecnologia durante as refeições, em carros, restaurantes, shopping centers. Use esses momentos como oportunidades para socializar e treinar cérebros para saber como funcionar quando no modo “tédio”.
– Ajude-os a criar uma “garrafa de tédio” com ideias de atividade para quando estão entediadas.
– Estar emocionalmente disponível para se conectar com crianças e ensinar-lhes autorregulação e habilidades sociais.
– Desligue os telefones à noite quando as crianças têm que ir para a cama para evitar a distração digital.
– Torne-se um regulador ou treinador emocional de seus filhos. Ensine-os a reconhecer e gerenciar suas próprias frustrações e raiva.
– Ensine-os a dizer “olá”, a se revezar, a compartilhar sem se esgotar de nada, a agradecer e agradecer, reconhecer o erro e pedir desculpas (não forçar), ser um modelo de todos esses valores.
– Conecte-se emocionalmente – sorria, abrace, beije, faça cócegas, leia, dance, pule, brinque ou rasteje com elas.

E compartilhe se você percebeu a importância desse texto!

Dr. Luís Rajos Marcos
Médico Psiquiatra


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Carta para o Tiago


Um fato sobre mim: eu adoro escrever! Especialmente sobre como eu me sinto em relação a tudo. Creio que as palavras escritas tem um poder de permanecer apesar do tempo. Às vezes a memória falha, em outras as emoções entram em conflito e frequentemente acho difícil verbalizar um sentimento.
Eu já desejava escrever para você desde o momento em que eu soube que você foi gerado, mas esperei. Esperei porque sua chegada foi um divisor de tempo: como eu era antes de você e como eu sou depois de você nascer. Muitas coisas aconteceram e me fizeram mudar de opinião incontáveis vezes. Nenhum filho é igual ao outro e sua gestação também não seria igual a minha primeira. Eu já era mãe antes de você, mesmo que eu tenha experimentado a gravidez por um tempo curto demais a meu gosto. Para mim a maternidade começou aí, com um filho que infelizmente eu não tive o prazer de conhecer, mas que me ensinou algumas alegrias e dores de ser mãe.
Eu pensava que ser mãe era algo natural, que acontece de forma amena, um novo ser que chega e preenche um espaço que surgiu por nossa própria vontade. O amor já existia desde o princípio, mas era um amor sossegado, uma ternura por alguém que eu ainda não conhecia. Eu ainda não tinha formado em minha mente o significado de instinto, de proteção, pois você estava dentro da minha barriga. A ideia de algo ruim acontecer com você era simplesmente absurda, era como se você estivesse sempre atrás de um escudo impenetrável, que te protegia de tudo mas que me permitia sentir seus movimentos dentro de mim. A gestação foi uma fase maravilhosa, tranquila, uma espera boa. Eu só não imaginava o quanto você iria me mudar.
Quando você nasceu a primeira sensação que tive foi de que o escudo havia sumido. O amor sossegado se transformou em um amor constantemente preocupado. Aí eu compreendi o que é instinto de proteção. Eu não escolhi ser o tipo de mãe que eu sou. Até hoje me pego pensando como teria sido se eu conseguisse ser uma mãe mais relaxada, menos preocupada com açúcar e alimentação saudável, sem tanto medo de que algo ruim pudesse te acontecer e sempre chego a uma conclusão: eu nunca vou saber como teria sido porque não foi uma escolha minha ser assim. Foi um instinto. Foi meu amor extremamente preocupado. Eu mudei minha própria alimentação para que você não sentisse cólicas após a amamentação. Eu deixei de fazer inúmeras coisas para que eu estivesse sempre disponível para você e suas necessidades. Seu pai se dedicou integralmente a ser o melhor pai do mundo. Eu e seu pai não sabemos mais o que é dormir uma noite toda. Meus sentimentos foram seriamente abalados por você. Eu descobri como sou uma pessoa insegura. Eu me vi várias vezes desejando voltar no tempo e te ter novamente dentro da minha barriga, atrás do meu escudo. Não era preciso muito para me fazer sentir que eu era a pior mãe do mundo, mesmo quando eu tinha tentado ser a melhor. Mas não te digo isso com mágoa ou como cobrança, com certeza não. Ninguém pediu para que eu fizesse isso, fiz porque isso me parecia o certo a fazer. Se existe um argumento que a maioria das mães vai usar em própria defesa é este: fizemos o que julgamos ser o melhor em cada situação. E sempre com muito amor! Ter filhos nos ensina que é possível amar uma pessoa 100% do tempo, mesmo quando essa pessoa erra ou insiste em nos desafiar. Apesar de tudo, ou por causa de tudo, depois de você nascer foi a época da minha vida em que me senti mais amada. Um amor totalmente desinteressado, puro e verdadeiro que vinha de você. Eu podia senti-lo em cada sorriso seu, no seu olhar, no som dos seus passinhos quando você corria para se atirar em meus braços e me prender com suas mãozinhas em um abraço delicioso. Eu sou muito grata por ter conhecido esse amor e espero que um dia você também possa experimentá-lo! E quero estar do seu lado para ver acontecer!
A cada dia que passa eu vejo o resultado de todo e qualquer esforço. Você está crescendo cheio de saúde e vida, descobrindo o mundo e enchendo nossa vida de significado! Você é uma pessoa que sempre esbanjou vitalidade e disposição para aproveitar cada instante! Apesar de minhas falhas e graças aos acertos, eu me alegro em perceber que a felicidade é uma constante em sua vida! E ver você feliz é a maior retribuição que o meu coração poderia desejar! Eu te amo filho! E não há nada no mundo, em nenhum momento, capaz de mudar isso.
Com amor, sua mãe! 
Katia Cristina Sousa Santos

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Voltei pra perguntar

Canção: Voltei pra perguntar Letra e Música: Fabio de Melo Interprete: Jatanael Alves

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Falando em descriminalização do aborto...

‘Isso não é um bebê. É um aborto!’: a tragédia de bebês nascidos vivos durante a prática do aborto

A matéria é um pouco antiga e com certeza não foi ela que me fez ser contra o aborto, nunca fui favorável à prática. Mas a leitura do texto só me fez pensar ainda mais nas crianças abortadas, pois é o que são: crianças retiradas do ventre de suas mães. Aliás, tenho que me corrigir, não sei se é correto dizer "retiradas do ventre de suas mães", não acredito que a mulher que se submete livremente ao aborto pode ser considerada mãe. Talvez essa mulher abriu mão do título, ela claramente se recusou a ser mãe quando optou por tirar a criança de seu ventre. Mas não quero julgar (mesmo que o faça em meu coração) essas mulheres, eu não posso julgá-las, não tenho esse direito. Deus nos deu sim o livre arbítrio para escolhermos e decidirmos o que quisermos. Mas acredito que o poder de escolha se limita ao que diz respeito somente a nós mesmos, a partir do momento em que vivemos em sociedade as nossas escolhas interferem na vida de nossos semelhantes. Aí está uma das razões que me faz ser contra o aborto: acredito que não tenho o direito de impedir alguém de viver. Mas e quando esse alguém foi gerado contra a vontade da mulher? Podem me dizer que foi estupro, que a camisinha furou, que a pílula não fez efeito, que a mãe corre risco, podem dizer que a criança tem um problema de saúde que vai matá-la de qualquer forma... A criança também não pediu pra ser gerada, mas aconteceu. Aí está a principal razão de eu ser contra o aborto: a criança. Não consigo pensar que alguém tenha coragem de matar um bebê, embrião ou feto. Independente da quantidade de dias ou semanas, eu acredito que é uma criança. Indefesa. 
Dói em meu coração pensar nas crianças que foram impedidas de viver. Eu choro por crianças que nunca conheci e que ninguém vai conhecer, porque foram privadas do direito de viver. Então penso: se essas mulheres mudassem de ideia, se esperassem as crianças nascerem, será que ainda iriam desejar ter abortado ao ver aquelas pequenas mãos tentando segurar alguma coisa? Iriam desejar ter abortado quando olhassem aquela boquinha sem dentes tentando esboçar o primeiro sorriso? Ou quando o bebê parasse de chorar apenas por sentir o cheiro ou a presença daquela que permitiu-lhe viver? 
É preciso muita coragem pra ser mãe e é preciso muita coragem pra não ser. Ao decidir abortar, a mulher está se libertando da prisão que é ser mãe. Porque ser mãe é isso, é viver aprisionada a uma barriga que cresce por várias semanas trazendo desconforto e dores por todo lado. É preocupar-se 100% do seu tempo com o bem estar daquela criança que chegou. Ser prisioneira de brincadeiras sem fim mesmo quando já anoiteceu. É ser a Mulher Maravilha, mais forte e mais rápida que todos; ou a fada que cura qualquer ferida com um beijo; ou ainda a malvada que obriga a calçar chinelos e a comer verdura, mas é sempre a malvada favorita. Ser mãe é morrer de amor todos os dias, independente do tempo que durar a vida que trouxemos ao mundo. É preciso muita coragem pra ser mãe e é preciso muita coragem pra não ser. 
Eu sei que a descriminalização do aborto não obriga a mulher a abortar, a escolha ainda é dela, apenas facilita a prática já que não será mais ilegal. 
Mas é preciso defender a vida, especialmente a vida dos indefesos. E é por causa deles que eu choro.