sábado, 30 de outubro de 2010

"Com Amor Eterno Eu te amei" (Jr 31,2)


Estas palavras da Escritura significam que Deus nunca existiu sem amar a cada um de nós.- Tal é a verdade mais típica do Cristianismo,... verdade que o diferencia de qualquer religiosidade meramente filosófica ou natural. Sim; para a filosofia grega, Deus não pode amar o que não é perfeito, ao passo que, para o Cristianismo, Deus cria valores e os ama irreversivelmente; Ele não pode dizer Não após ter dito Sim; mesmo quando recebe um Não da parte da criatura livre (cf. 2Tm 2, 11-13).
E porque Deus cria valores que Ele ama?
Porque, como diz a Filosofia, o Bem é difusivo ou comunicativo de si. Ora Deus é o Sumo Bem. Logo é sumamente comunicativo de si. Ele vê em cada criatura um reflexo da sua Sabedoria ou uma idéia de Deus que se vai realizando.
Como explicar esse amor diante dos males que ocorrem na história dos homens?
Deus não pode ser o autor desses males. Eles se devem à criatura, que, limitada como é, pode agir em desarmonia com o verdadeiro Bem. Deus não quer, mas permite o mal da criatura livre, pois não lhe deu uma liberdade teleguiada. O procedimento de Deus nesses casos consiste em tirar dos males dos homens bens ainda maiores. Assim o primeiro pecado foi ocasião de uma recriação do gênero humano encabeçado por um novo Adão, que nos deu muito mais do que perdemos com o primeiro Adão. Nem sempre vemos o bem que resulta de cada mal, mas podemos dizer com a Filosofia grega: pathos mathos (sofrimento é escola e educação). O sofrimento burila o ser humano, liberta-o do egoísmo e o faz mais sequioso dos verdadeiros valores.
 Estas verdades são enfatizadas pelo autor sagrado, quando compara nossas dores à educação que todo bom pai presta a seus filhos (cf. Hb 12,5-15). O pai que ama, não deixa seu filho "solto", mas submete-o à disciplina para o bem do educando, ao passo que o filho bastardo é deixado pelo pai no emaranhado de seus caprichos. Deus não castiga como o homem castiga, mas permite que o homem se castigue pelo pecado a fim de que volte mais consciente para o regaço do pai. É o que insinua a parábola do filho pródigo: o pai deixa partir o filho sonhador, para que ele possa voltar à casa paterna enojado do pecado e mais firme no amor ao pai.
Em suma, podemos dizer: um Deus imperfeito, sem providência ou autor de males não é Deus. Mais lógico seria não crer do que crer num Deus omisso ou injusto. Nem sempre O compreendemos porque Ele vê mais longe do que nós, harmonizando traços que nos escapam.
Pois bem: é esse amor eterno de Deus que quis pulsar num coração humano ou no Coração de Jesus; Ele o quis para dizer-nos que não é indiferente aos nossos infortúnios, mas os assume e os santifica, tornando-os canais que levam à vida eterna. Ele se manifestou no século XVII a Santa Margarida Maria apontando o descaso dos homens. E exortou à reparação e consagração. 

Pe. Estêvão Bettencourt, OSB 
(Nascimento: 16/09/1919, no Rio de Janeiro, RJ e 
Falecimento: 14/04/2008, no Rio de Janeiro, RJ)
Diretor Emérito da Escola Mater Ecclesiae 
Fonte: http://www.materecclesiae.com.br


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Proposta do senador Cristovam Buarque

"Curso para formar professor deve ser pago pelo governo", propõe Cristovam

Agência Senado 26/10/2010 - 13h23
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Os jovens que desejarem cursar licenciatura ou pedagogia deveriam ser dispensados de vestibular e ter os seus estudos integralmente pagos pelo governo - é o que sugere o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), para quem tais medidas poderiam contribuir para reduzir a carência de professores, que, segundo ele, é de cerca de 400 mil só nas áreas de matemática, física, química e biologia.

Em entrevista à Agência Senado nesta segunda-feira (25), Cristovam Buarque disse que essas providências seriam mais efetivas do que os dois decretos editados recentemente pelo governo para facilitar o financiamento de curso superior. Para ele, esses decretos, que mudam as regras do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), são importantes e reduzem as dificuldades dos estudantes, mas não são suficientes para fazer frente às necessidades educacionais do Brasil.

Um dos decretos (7.338/2010) acaba com a necessidade de fiador para acesso ao Fies e o outro (Decreto 7.337/2010) amplia o prazo para que o estudante comece a pagar o financiamento.
- As medidas [contidas nos decretos presidenciais] são válidas, são importantes, têm meu apoio, mas eu queria mais. Queria que ninguém precisasse, nesse país, pedir empréstimo para ser estudante e se formar nas profissões de que o Brasil precisa. Cobrar de alguém que quer estudar para ser professor é como cobrar, durante uma guerra, para que o jovem pague para treinar para ser soldado - disse Cristovam.

Na opinião do senador, o estudante de licenciatura que não conseguisse vaga nas universidades públicas deveria estudar em faculdade particular com mensalidade paga integralmente pelo governo.

- O Brasil precisa de professor. É como se o país precisasse de soldados. Estamos numa guerra, mas nem o povo nem os governantes perceberam. O que a gente faz quando está em guerra? Procura soldados. E gasta dinheiro para formar os soldados - comparou.

Sem fiador

O Fies já financiou mais de seiscentos mil cursos no país e a necessidade de garantia sempre foi uma das dificuldades para acesso ao programa. Com o Decreto 7.338/2010, o governo institui o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo, que substituirá a necessidade de fiador, conforme portaria do Ministério da Educação. O fundo será mantido pelo Tesouro Nacional e pelos estabelecimentos de ensino que aderirem ao programa.
Apenas poderão fazer uso do benefício os estudantes que cursarem licenciaturas ou que tenham renda familiar inferior a um salário mínimo e meio per capita. Bolsistas parciais do Programa Universidade para Todos (ProUni) que queiram financiar o restante da mensalidade também poderão pedir dispensa de fiador.

Já com o Decreto 7.337/2010, o governo busca ampliar os prazos para quitação dos débitos - a primeira parcela passará a ser cobrada 19 meses após a conclusão do curso. A nova norma também prevê parcelamento do saldo devedor por um período equivalente a até três vezes o tempo de estudo do aluno na condição de financiado, acrescido de doze meses. Pela nova norma, que altera a lei que instituiu o Fies (Lei 10.260/ 01), a amortização do financiamento poderá ser antecipada, quando for de interesse do estudante.

Iara Farias Borges / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Educadores do futuro

O Prof. Cosme Luiz Chinazzo, que leciona História da Educação em meu curso, nos propôs uma atividade que quero compartilhar, já que a considerei de grande importância para todos aqueles que pretendem ser professores.


A atividade:
A História da Educação não é uma simples exposição de fatos e ideias a partir de uma ordem cronológica. Devemos ir além, concebê-las a partir de elementos significativos, e que entre os quais se estabelecem relações, a fim de que se torne melhor a compreensão do fenômeno da EDUCAÇÃO nos dias de hoje, e no futuro.
Entendemos que a História não deva ser repetida, mas ser “re-construída”. Assim como, o passado não deve ser repetido, mas “re-constituído”. Então, as experiências do passado, devem servir para repensarmos o nosso presente e projetarmos um futuro diferente e melhor.
O conhecimento sobre o nosso passado nos capacita a compreender nosso presente e fornece instrumentos para darmos respostas aos desafios que se impõe. A História é um processo, prossegue nos dias atuais, e todos nós, consciente ou inconscientemente, por atos ou omissões, participamos dela.
Desse modo, o desfio que lançamos aqui é que cada estudante elabore um texto dissertando sobre que tipo de professor(a) pretende ser. Ou seja, vamos discutir sobre o professor do futuro. Portanto, sinta-se a vontade e defenda tua tese argumentando sobre como deve ser o professor do futuro.


Minha resposta:
          Ensinar, do latim insignare, significa instruir sobre, indicar, mostrar algo. Ser professor é ensinar muito mais que uma disciplina, o educador do futuro deve indicar caminhos, mostrar novos horizontes. O mundo, a sociedade, as pessoas passam por diversas mudanças o tempo todo. O professor não pode ser diferente, deve renovar seus conhecimentos e seus métodos de ensino.
         O grande desafio do educador é fazer nascer no aluno a consciência da necessidade do aprendizado. Quando o indivíduo é despertado para a busca do conhecimento, nasce nele naturalmente o amor pelo saber e pela descoberta do novo. Nessa mudança de postura do aluno, passando de receptor de informações para participante do processo de aprendizado, o professor passa a ser um facilitador na busca pelo conhecimento, como defenderia Rogers em sua teoria humanista.
          Como uma professora em formação, pretendo ser mais que uma professora, mas também uma ajudante na modelagem de pessoas mais sábias, em todos os sentidos, mais humanas e comprometidas com o bem comum. Seguindo esse raciocínio, eu e meus colegas de ofício, seríamos educadores do futuro e realizaríamos meu maior ideal nessa profissão. 

Evangelho do dia (Lucas 13,18-21)




Desfrute das palavras de Jesus:

Evangelho segundo Lucas 13,18-21
Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus?21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.

Homilia de Padre João 

A semente de mostarda e o fermento

Jesus usava os exemplos mais simples possíveis, e em outra passagem chega a dizer que explicava essas coisas em parábolas a fim de confundir os doutores, justamente porque os doutores não tinham contato com coisas simples como plantar sementes, preparar massa de pão ou de bolo então eles tinham mais dificuldade de entender, e às vezes se confundiam.

Hoje, Ele se desafia. Com que poderei comparar o Reino dos Céus? Primeiro Ele compara com o homem que lança uma semente de mostarda no seu jardim. A semente gera uma árvore que os pássaros do céu fazem ninhos em seus galhos. Qualquer pessoa simples daquela época sabia que a semente de mostarda é a menor dentre todas as sementes, e que gera uma árvore enorme… E o que isso tem a ver com o Reino dos Céus? Veja que comparação linda: o homem que atirou a semente é o próprio Jesus; a semente é o Evangelho; o terreno é o nosso coração; e a árvore que vai crescendo a partir daquela semente é a nossa vida, que é próprio Reino dos Céus onde as aves do céu fazem ninho, ou seja, as crianças de todas as idades vêm se aconchegar aonde as pessoas vêm colher frutos para saciar sua fome de Deus onde tantos vêm descansar à sua sombra quando estão cansados… e mesmo quando vem o lenhador e corta o seus galhos ou até o seu tronco, a árvore exala perfume sobre o machado que a feriu, mas não morre antes de espalhar novas sementes pelo mundo afora.

A segunda comparação foi com o fermento que se mistura com 3 porções de farinha até que tudo fique fermentado. Jesus entendia até de cozinha! Quem cozinha sabe que não é só jogar o fermento e pronto… Existe todo um processo para fazer o fermento penetrar na massa. E eu fico imaginando aquelas mulheres, quando iam preparar o pão, fazendo as analogias a cada gesto durante a preparação do pão. A farinha é o nosso ser, e o fermento é o Amor. Enquanto a massa vai sendo misturada com o fermento, ela precisa ser batida, amassada, deformada e remodelada, para que o fermento se misture e fique igualmente distribuído em toda a massa, para que no momento de ir ao fogo, o pão resista ao calor e cresça por igual. Nós também precisamos ser amassados, deformados e remodelados para que o amor preencha todas as áreas da nossa vida. Enquanto houver áreas sem fermento, aquela área deverá ser amassada e sofrer um pouco mais, até que o fermento do amor entre nela. Tudo isso para que, no momento de ir ao fogo, o nosso pão cresça por igual, sem áreas deformadas pela falta do fermento.

Você deve ter observado que essa reflexão ficou grande, mas poderia ter ficado ainda maior, pela beleza e riqueza deste Evangelho. Jesus também se desafiaria para encontrar uma comparação interessante, com algo que você está habituado a ver no seu cotidiano, só para fazer você entender o que é o Reino dos Céus, e desejar, com todas as forças, fazer parte dele.

Senhor, faça com que eu seja instrumento de seu Reino para que ele chegue à todas as pessoas, sem exceção, mormente aos pobres e marginalizados.

Fonte: http://www.padrejoaosv.com/homilia_diaria.php?&id=1583

sábado, 16 de outubro de 2010

Os discípulos de Emaús

            
         Lendo a passagem Lc 24,13-53, referente aos Discípulos de Emaús, podemos tirar belíssimas lições.
         No primeiro momento do texto Jesus encontra-se com eles. O Mestre coloca-se a ouvir, afinal os discípulos estavam com os olhos vedados e seus corações tomados de tristezas. Jesus preocupou-se em estar presente na vida deles. E então caminha ao lado deles. Essa fraternidade que Jesus demonstrou é uma característica catequética. Depois Jesus os acolhe em suas dificuldades, tentando reanimá-los. Ele sempre nos dá uma nova esperança fortalecida pelo Espírito Santo. Diante de um coração tão bom tendemos a pedir “Fica conosco Senhor”. Precisamos ter uma experiência com o Jesus Ressuscitado, nossa missão e nosso serviço é a Ele. Somos convidados a caminhar com Jesus, na companhia Dele. Temos que ir ao encontro Dele, buscando-o na Eucaristia.
         No próximo momento, Jesus nos fala. Ele é o catequista maior. Cristo mostra através da Sagrada Escritura qual era a missão Dele. Fazendo os discípulos compreenderem o fato e o que os profetas diziam. Assim como os discípulos de Emaús nós precisamos ouvir Jesus. Ele revela a verdade para eles e mantém suas esperanças vivas. Os corações dos discípulos se abrem à realidade. Tanto que ao Jesus dizer que ia embora, os discípulos o convidam para ficar. Quando Jesus orou e partiu o pão, eles O reconheceram. A partilha é que revelou Jesus. Quando Cristo desaparece, Ele quer mostrar que em todos os dias podemos tê-lo perto de nós: na Eucaristia.
         Após os discípulos perceberem que aquele homem é Jesus, eles assumem a missão e voltam a Jerusalém. O caminho é o mesmo que eles percorreram, mas o Espírito os renovou, afinal agora eles tinham a certeza da presença constante de Jesus. A luz de Deus nos ilumina e o amor de Jesus habita em nós. Jesus é a resposta para todas as nossas dificuldades. Nada é maior que Deus.
         Quais as nossas semelhanças com os discípulos de Emaús? Quais são nossas dúvidas? O que nos desanima? Participamos da Eucaristia em comunidade? Quais são as conseqüências e implicações da Eucaristia? As respostas se resumem na “Missão”: Partilha da alegria gerada pela Eucaristia.

         Nosso coração tem que se transformar e se inflamar ao ouvir Jesus. Precisamos experimentar a vida de Jesus em nossa vida e viver na presença Dele. Devemos ficar novamente encantados com Jesus e transparecer o rosto de Cristo. Para sermos missionários e servos temos que conhecer Jesus e ter intimidade com Ele. Não tenhamos medo, Ele está conosco todos os dias até o fim dos tempos!
         Citando Santa Terezinha sobre a Eucaristia, ela nos diz: “Jesus desce do céu não para ficar em sacrários de ouro, mas para viver no sacrário vivo dos nossos corações”.
         Que a Eucaristia nos alimente, anime e faça-nos assumir nossa missão!

Espiritualidade de São Paulo

São Paulo deixou incontáveis mensagens para nós cristãos em suas cartas. Nelas encontramos várias passagens revelando as palavras de Jesus anunciadas pelos apóstolos que são verdadeiras fontes de conversão. Podemos citar: 2 Tm, “sei em quem pus minha confiança”; Gl “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim”; 1 Ts  “Fiel é aquele que vos chama”, entre outras que nos mostram o profundo amor de Paulo por Cristo e ao mesmo tempo nos convidam para amá-Lo do mesmo modo.
Segue abaixo a relação de algumas leituras para suas orações:
1 Ts 5,18, obrigado pelo tesouro da vida...
Gl 4,19 e Gn 2,7, com o dom da vida nos fizestes livres...
Rm 8,31, somos frágeis e limitados, instáveis. Em vós depositamos nossa confiança...
Gl 6,9, vós sois o bem, todo o bem...
At 17, 27b-28a, nele vivemos, movemos e existimos…
2 Cor 9,7, contemplamos agradecidos a grandeza de Vosso amor…
1 Cor 15,10, agradeço pela gratuidade do vosso amor Deus da vida…
Rm 10,8, quando chegou a plenitude dos tempos, enviou seu filho para que estivéssemos perto de vós...
Gl 2,20a, vós vos humilhastes para nos exaltar…
Gl 2,20b, só Cristo pode revelar toda a verdade a nosso respeito…
Fl 4,13, tantas vezes fraquejamos e caímos. Porém com a vossa força tudo podemos...
2 Tm 1,12, a verdadeira fé que vos agrada precisa ser constante…
Rm 8,28, ao vos amar sobre tudo e o próximo como a nós mesmos, esta toda a lei...
2 Cor 5,17, estar em Cristo é ser uma nova Criatura, se afastar Dele é caminhar para a morte...
Fl 2,11, reunindo toda a história e toda a humanidade, vos reconhecemos neste ato de amor: doar seu filho por amor a nós.
         Louvemos a Deus com as palavras de Paulo. Auxiliados por ele vamos assumir nosso batismo e nossa missão de servos fiéis ao Senhor!

Significado da Cruz

A Cruz é o sinal do amor universal de Deus por nós, ela é fonte de Graça, nela nasceu a Igreja. Todos nós dependemos da vida que Deus nos oferece e somos convidados constantemente a desfrutar de uma vida nova.
No batismo somos marcados como filhos de Deus, passamos da condição de criatura para filhos do Senhor. No Batismo somos chamados também a ser Igreja. Só quem aceita a cruz vive o amor!
Perdão: A cruz que era vista como escândalo, vergonha e maldição tornou-se para nós símbolo de libertação, redenção e cura. Jesus tomou nela as nossas dores e curou nossos pecados. Quem crê em Jesus tem a vida eterna através da Santa Cruz. Temos que ter fé ao olhar para a cruz porque ela nos lembra a doação maior de Deus. Através dela conquistamos a salvação. Na cruz seu precioso sangue foi derramado para libertar-nos de nossos pecados.
Família: Deus criou o homem e a mulher a sua semelhança e imagem. Ele fez os dois para mostrar o grande amor Dele pela criação, na constituição da família. Infelizmente vemos o sentido da família ser distorcido: separação, desunião, divórcio... Deus enviou Jesus para nos ensinar sobre o amor do Pai, para ensinar que a família tem significado maior, ela abrange toda a comunidade dos que aceitam a vontade de Deus.
Eucaristia: A cruz mostrou aos homens quem era Jesus e como era seu infinito amor. Ao ouvirmos o Evangelho devemos nos comprometer com o Reino. A Eucaristia nos leva ao encontro com o mundo. Contemplar a cruz é o caminho para participarmos da eucaristia: doação, amor e partilha.
Ressurreição: quando o sudário branco está sobre a cruz sabemos que Jesus venceu: Ele ressuscitou. A ressurreição é que traz o novo sentido à cruz: vitória. A igreja nos oferece a festa da exaltação à Santa Cruz para reconhecermos o mistério do amor divino. Conhecemos nela quem é nosso Pai. A cruz é fonte da Graça que nunca nos falta. Para nós ela não é mais um obstáculo, mas o infinito auxílio que vem de Deus.
Que possamos dizer, assim como São Paulo, ao contemplar a Santa Cruz: “combati o bom combate e guardei a fé. Receberei a coroa da Justiça”.

Céu demais

O conceito “Deus e eu” não faz nenhum sentido se não lhe for acrescido “e os outros”.
Pode-se crer demais ou de menos.
Pode haver céu demais numa cabeça.
É isso o que o musical Jesus Christ Superstar lembra, quando o personagem Judas chama a atenção de Jesus para o fato de os outros discípulos estarem com céu demais na cabeça.
Os autores do filme, Andrew Lloyd Webber e Tim Rice, não eram teólogos, mas acertaram quando mostraram esse conflito. Só erraram ao atribuir isso a Judas.
Poderiam ter atribuído a frase a algum santo, como Inácio de Loyola, Vicente de Paulo, ou a Jesus, o qual mandava a pessoa deixar a oferta no altar e ir em busca do irmão, pois considerava a reconciliação com os outros mais importantes.
Preocupar-se com a fome dos irmãos aqui na terra também é santidade.  Quem vive só de céu lá de cima pode ser bem menos santo do que quem vive de céu já neste mundo. Aliás, o cristianismo ensina que alguém do céu desceu à terra para que começássemos o reino dos Céus neste mundo. Certos cristãos, ao contrário de Jesus, que fez o céu descer à terra, agem como se a Terra não valesse nada.
A conversa de que só Deus nos basta e o resto não presta é anticristã. Jesus mesmo respondeu que havia um segundo mandamento, semelhante ao primeiro, o qual compreendia a exigência do amor ao próximo. O conceito “Deus e eu” não faz nenhum sentido se não lhe for acrescido “e os outros”. Os que têm céu demais na cabeça tendem a ser pessimistas diante das dores da Terra. Apontam para o alto, mostrando para onde irão, enquanto esquecem de olhar os caminhos que os levam para lá. Estão apontando em direção errada. O sol não existe para ser olhado cara a cara, mas para iluminar as coisas do nosso redor. O certo é aproveitar a luz do sol lá de cima para ver bem o chão onde pisamos. Faça-se o mesmo com a luz de Deus. Sol demais dá problema nos olhos: o sujeito vira cego. Céu demais dá problema na alma.
Jesus nos ensina outra coisa. Manda dar de comer, de beber, vestir e cuidar dos necessitados (cf. Mt 25,31-46). Ele quer o céu já na terra para que ela respire clima de céu. Ele nunca disse que basta orar e dizer “Sempre, Senhor, eu te louvo!”.
Quer que arregacemos as mangas. Quem nunca leu isso andou comprando alguma versão errada dos Evangelhos...
(Autor: Pe. Zezinho, scj)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pedagogia

Em março de 2010 iniciei meu curso de Pedagogia. Igual a muitas pessoas eu acreditava que esse curso se limitava apenas a educação infantil, mas felizmente descobri que o curso possibilitava também uma especialização em RH. Isso me animou muito, afinal os contínuos processos de mudanças no comportamento organizacional, as relações interpessoais nos locais de trabalho, enfim todos esses aspectos que dizem respeito aos recursos humanos sempre me chamaram a atenção. Mas devo admitir que ao conhecer e estudar as disciplinas do curso também fiquei fascinada pela educação infantil. A possibilidade de contribuir para a formação de pessoas mais comprometidas com o bem comum é muito gratificante. Vou postar alguns materiais interessantes sobre o curso ou disciplinas, inclusive alguns de meus trabalhos.