quinta-feira, 18 de maio de 2023

Carta para a Giovana

 Deus é gracioso! E tamanha é a Graça de Deus que ela transborda sobre todos nós, apesar de nossas limitações e fraquezas.

Nós não poderíamos ter escolhido um nome mais adequado para você, nossa querida Giovana! Seu nome significa "Graça de Deus".
Você, assim como irmão, são verdadeiros presentes de Deus em minha vida! Somente Ele seria tão generoso em permitir que eu fosse mãe de duas crianças tão lindas e amáveis como vocês! 
Sua chegada em nossa vida foi um pouco diferente do que eu esperava, confesso. Achei que ser mãe de menina seria como sentir uma suave brisa depois de uma tempestade, aquele sentimento de calmaria, sossego. 
Mas você veio e nos fez renovar a energia, porque para acompanhar seu ritmo foi necessária uma dose extra de disposição! Você é uma criança extremamente alegre, comunicativa e demonstra uma urgência em descobrir e participar do mundo ao seu redor!
Estar ao seu lado é garantia de ouvir muitas histórias e de perder a hora enquanto você nos faz brincar de casinha. Você trouxe mais amor e mais alegria para nossa vida! Sou grata a você por me fazer sentir novamente todos esses sentimentos bons, diariamente! E sou imensamente grata a Deus, por tudo! Você me ensinou que sempre é possível caber mais amor no coração!


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Sorte

 "Eu te amo Giovana, você tem muita sorte de ter um irmão como eu"


Mal sabem vocês que eu sou a sortuda por ter vocês como filhos. Presenciar essa delicadeza, essa simplicidade das crianças é sorte, ou mais provavelmente: Graça de Deus.... 

Que Deus os abençoe e conserve esse amor e carinho! É dessa simplicidade que o mundo precisa!

Por que ter filhos?

Qual o sentido de sonhar uma vida para nossos filhos enquanto ainda são gerados em nosso ventre para depois de nascer eles já terem que enfrentar um mundo de frustrações? É lindo acompanhar cada descoberta, as mãos que se transformam em brinquedos, os brinquedos que se transformam em personagens, os personagens que ganham vida, a vida que muda a cada dia. É lindo acompanhar isso e ter o prazer de pensar: eu ensinei, eu participei de tudo.

Mas aí eles crescem e já não precisam mais de nós. "Mamãe eu não preciso da sua ajuda, eu já sei me vestir sozinho". E uma simples frase de uma criança de 5 anos faz nascer em nós um sentimento de impotência tão forte que nos faz pensar se já acabou nosso trabalho. Como assim? Você é uma criança! Ontem mesmo você era um bebê que segurava minha mão como se isso fosse a coisa mais importante do mundo. Ainda  ontem você corria para meus braços em busca de um sopro que iria sarar seus machucados instantaneamente. Você não pode ter crescido tão rápido. Mas você cresceu e continua crescendo. Louvo e agradeço a Deus por isso. Mas e eu? Como fico? Ao lado, vendo tudo acontecer. E penso que isso deve fazer parte do milagre que é trazer uma vida ao mundo: gerá-los e criá-los para conseguir lidar com esse mundo louco em que vivemos. E que péssima mãe eu seria se não o preparasse para isso, se não o ajudasse a ser independente, se não o ensinasse que eu estarei ali mesmo que ele não precise mais da minha ajuda. Meu amor por você é uma mistura de sentimentos, conflitantes na maior parte do tempo. Queria poder te segurar pra sempre assim, como meu pequeno filho que quase não cabe no meu colo. Mas quero te ajudar a descobrir como usar suas asas e poder explorar tudo de bom que o mundo tem a te oferecer. Voe meu filho, mas não tão logo, não sem a mamãe poder aprender a lidar com a altura que você pode atingir.


quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Talvez sejam meus olhos


Talvez sejam meus olhos que me enganam e não me deixam perceber o tempo passando. Mas ele passa. E com ele vemos o ciclo da vida tomando forma.
Eu não me arrisco a dizer que sei qual é o sentido da minha vida, o porquê de eu ter vindo ao mundo, qual a minha missão... Talvez eu vá sem tomar conhecimento disso.
Mas posso dizer que eu estou vivendo e apreciando tudo o que Deus tem me dado, inclusive o que eu tenho feito com cada presente.
E agora me refiro à família que formei. Casar fazia parte dos meus planos, provavelmente igual aos planos de qualquer menina que sonha em se vestir de princesa e encontrar seu príncipe. A vida conjugal sempre foi uma delícia, até eu engravidar. Não que a gravidez tenha sido acidental, pelo contrário, foi planejada por nós e abençoada por Deus. Mas ter um filho me mostrou várias características minhas que eu sequer sabia possuir. E para o casamento, torna-se um desafio. Porque cada mínima decisão que tomamos, não atinge apenas nós e nossos parceiros, mas atinge também a criança que acabou de chegar.
Ser mãe nunca foi um sonho pra mim, estava mais para uma consequência do casamento, algo natural da vida, você casa e tem filhos. Pronto. Sendo assim, tudo indicava que eu seria uma mãe super tranquila, relaxada. Eu não podia estar mais enganada quanto a isso.
Mas minhas emoções e sentimentos de mãe são assuntos para outro post.
Aqui o assunto é a passagem do tempo... Que insiste em se apressar.
Hoje, quando tento lembrar de minha infância, percebo que fui muito feliz. Tenho várias lembranças boas, de brincadeiras no quintal, passeios a cachoeiras, várias pequenas “grandes aventuras” que vivi, várias escolas que frequentei, inúmeras crianças que passaram pela minha vida, restando tão poucas que posso considerar minhas amigas. E com certeza também foi assim com meu marido, o tempo passou, mas se encarregou de não ser em vão.
E agora vejo nosso filho, em seu primeiro dia na escola. São muitos sentimentos que chegam em forma de um nó na garganta. Eu jamais conseguiria explicar todos eles.
Reconheço o medo de ele não receber todo o carinho que eu gostaria, a preocupação de que ele não goste da escola, a incerteza de ter feito uma boa escolha, mas me alegro em reconhecer principalmente a gratidão, por poder viver e experimentar tudo isso. Gratidão a Deus por ter abençoado cada passo até aqui e ter a certeza de que estou conseguindo viver todos os momentos, apesar do tempo que passa ligeiro, apesar dos meus olhos que às vezes me enganam e não me deixam perceber o tempo passando.

sábado, 15 de dezembro de 2018

Por uma vida sem filtros


Como você enxerga o mundo ao seu redor? A vida pode ser muito mais bonita sem filtros. Feliz Natal. =) #Canonbr #NatalCanon

Vídeo disponível no canal da Canon Brasil em https://www.youtube.com/channel/UCXpOPBZ2MEFPljcUMDw7GOA

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Não existe criança difícil, difícil é ser criança em um mundo de pessoas cansadas


Não existe criança difícil, o difícil é ser criança em um mundo de pessoas cansadas, ocupadas, sem paciência e com pressa. Existem pais, professores e tutores que se esquecem de um dos compromissos mais importantes da educação de uma criança: o de oferecer aventuras infantis.
Este é um problema tão real que, por vezes, podemos ficar preocupados pelo simples fato de uma criança ser inquieta, barulhenta, alegre, emotiva e enérgica. Há pais e profissionais que não querem crianças, querem robôs.
O normal é que uma criança corra, voe, grite, experimente, e faça do seu ambiente um parque de diversões. O normal é que uma criança, pelo menos nas idades prematuras, se mostre como ela é, e não como os adultos querem que ela seja.
Mas para conseguir isso, é importante entender duas coisas fundamentais:
·         A agitação não é uma doença: queremos um autocontrole que nem a natureza nem a sociedade fomenta.
·         Fazemos uma favor às crianças se as deixarmos ficar aborrecidas e evitarmos a superestimulação.

Doenças? Medicação para as crianças? Por quê?

Mesmo estando muito na moda no setor de saúde e escolar, a verdadeira existência do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é muito questionável, pelo menos da forma exata como está concebido. Atualmente considera-se que este transtorno é uma caixa onde se amontoam casos diversos, que vão desde problemas neurológicos até problemas de comportamento ou de falta de recursos e habilidades para encarar o dia a dia.
As estatísticas são esmagadoras. Segundo dados do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais IV- TR (DSM-IV TR), a prevalência do TDAH nas crianças é de 3 a 7 casos por cada 100 meninos e meninas. O que preocupa é que a hipótese biológica subjacente a isto é simplesmente isso, uma hipótese que é comprovada por ensaio e erro com raciocínios que começam por “parece que isto ocorre porque…“.
Enquanto isso, estamos supermedicando as crianças que vivem conosco porque elas mostram comportamentos perturbadores, porque não nos mostram atenção e porque parecem não pensar quando realizam as suas tarefas. É um tema delicado, por isso temos que ser devidamente cautelosos e responsáveis, consultando bons psiquiatras e psicólogos infantis.
Partindo desta base, devemos destacar que não existe um exame clínico nem psicológico que determine de forma objetiva a existência do TDAH. Sem dúvida os exames são realizados com base em impressões e realização de provas distintas. O diagnóstico é determinado com base no momento em que são realizadas e na impressão subjetiva destas provas. Inquietante, não é?
Não podemos esquecer que estamos medicando as crianças com anfetaminas, antipsicóticos e ansiolíticos, os quais podem causar consequências nefastas no desenvolvimento neurológico delas. Não sabemos qual vai ser a repercussão deste medicamento e muito menos do uso excessivo do mesmo. Um medicamento que apenas vai reduzir a sintomatologia, mas que não reverte de forma alguma o problema.
Parece uma selvageria, mas… Por que isso continua? Provavelmente um dos motivos é o financeiro, pois a indústria farmacêutica move bilhões graças ao tratamento farmacológico administrado às crianças. Por outro lado está a filosofia do “melhor isto do que nada”. O autoengano da pílula da felicidade é um fator comum em muitas patologias.
Deixando de lado rótulos e diagnósticos que, na proporção em que se dão, tornam-se questionáveis, devemos colocar os freios e ter consciência de que muitas vezes os que estão doentes são os adultos, e que o principal sintoma é a má gestão das políticas educativas e das escolas.
Cada vez mais especialistas estão tomando consciência disto e procuram impor restrições a pais e a profissionais que sentem a necessidade de colocar a etiqueta de TDAH em problemas que, muitas vezes, provêm principalmente do meio familiar e da falta de oportunidades dadas à criança para desenvolver as suas capacidades.
Como afirma Marino Pérez Álvarez, especialista em Psicologia Clínica e professor de Psicopatologia e Técnicas de Intervenção na Universidade de Oviedo, o TDAH nada mais é que um rótulo para comportamentos problemáticos de crianças que não têm uma base científica neurológica sólida como é regularmente apresentada. Ele existe como um rótulo infeliz que engloba problemas ou aspetos incômodos que efetivamente estão dentro da normalidade.
“Não existe. O TDAH é um diagnóstico que carece de identidade clínica, e a medicação, longe de ser propriamente um tratamento, é na realidade doping”, afirma Marino. Generalizou-se a ideia de que o desequilíbrio neurológico é a causa de vários problemas, mas não há certeza de que ele seja causa ou consequência. Isto é, os desequilíbrios neuroquímicos também podem ser gerados na relação com o que rodeia a criança.
Ou seja, a pergunta adequada é a seguinte: o TDAH é ciência ou ideologia? Convém sermos críticos e olharmos para um mundo que fomenta o cerebrocentrismo e que procura as causas materiais de tudo sem parar para pensar sobre o que é a causa e o que é a consequência.
Partindo desta base, deveríamos pensar em quais são as necessidades e quais são os pontos fortes de cada criança e de cada adulto suscetível a ser diagnosticado. Abordar isto de maneira individual proporcionará mais saúde e bem-estar, tanto dos pequenos como da sociedade em geral. Então, a primeira coisa que devemos fazer é uma análise crítica de nós mesmos.

sábado, 8 de setembro de 2018

Natividade de Nossa Senhora


 “A celebração de hoje — lemos no trecho dos discursos de santo André de Creta proclamado no atual Ofício das leituras — honra a natividade da Mãe de Deus. Mas o verdadeiro significado e o fim deste evento é a encarnação do Verbo. De fato Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, de Deus”. É este afinal o motivo pelo qual somente de Maria (além de João Batista e naturalmente Jesus Cristo) não é festejado só o nascimento para o céu, o que acontece com os outros santos, mas também a vinda a este mundo. Na realidade o maravilhoso neste nascimento não está no que narram com generosidade de detalhes e com ingenuidade os apócrifos, mas antes no passo significativo à frente que Deus dá na atuação do seu eterno desígnio de amor. Por isso a festa de hoje foi celebrada com louvores magníficos por muitos santos Padres, que tiraram suas conclusões da Bíblia e de sua sensibilidade e ardor poético. Leiamos algumas expressões do Segundo sermão sobre a natividade de Maria de são Pedro Damião:
“Deus onipotente, antes que o homem caísse, previu a sua queda e decidiu, antes dos séculos, a redenção humana. Decidiu portanto encarnar-se em Maria”.
"Hoje é o dia em que Deus começa a pôr em prática o seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Casa bela, porque, se a Sabedoria constrói uma casa com sete colunas trabalhadas, este palácio de Maria está alicerçado nos sete dons do Espírito Santo. Salomão celebrou de modo soleníssimo a inauguração de um templo de pedra. Como celebraremos o nascimento de Maria, templo do Verbo encarnado? Naquele dia a glória de Deus desceu sobre o templo de Jerusalém sob forma de nuvem, que o obscureceu. O Senhor que faz brilhar o sol nos céus, para a sua morada entre nós escolheu a obscuridade (1Rs 8,10-12), disse Salomão na sua oração a Deus. Este mesmo templo estará repleto pelo próprio Deus, que vem para ser a luz dos povos”.
“Às trevas do paganismo e à falta de fé dos judeus, representadas pelo templo de Salomão, sucede o dia luminoso no templo de Maria. É justo, portanto, cantar este dia e Aquela que nele nasceu. Mas como poderíamos celebrá-la dignamente? Podemos narrar as façanhas heroicas de um mártir ou as virtudes de um santo, porque são humanas. Mas como poderá a palavra mortal, passageira e transitória exaltar Aquela que deu à luz a Palavra que fica? Como dizer que o Criador nasce da criatura?”

Extraído do livro: Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
Fonte: https://www.paulus.com.br/portal/santo/natividade-de-nossa-senhora#.W5Fwmc5KjDc