sábado, 4 de dezembro de 2010

Advento

Contextualizando o Advento no Ano Litúrgico, a História da Salvação diz-nos que o tempo é progresso e que o futuro pode ser radicalmente novo. O Ano Litúrgico é a celebração, no decurso de um ano, de todo o mistério de Cristo. Mas é importante ressaltar que é a celebração não de uma ideia e sim de uma pessoa, que nos é próxima: Jesus Cristo.
O tempo do Advendo, é um tempo de espera, de aguardar aquele que virá. O Novo Calendário Litúrgico Romano expõe o significado do Advento: “O tempo do Advento tem uma dupla característica: é tempo de preparação para a solenidade do Natal, em que se recorda a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, e simultaneamente é o tempo no qual, através desta recordação, o espírito é conduzido á espera da segunda vinda de Cristo no final dos tempos.” “Advento” significa vinda, chegada.
O tempo do Advento recorda-nos três vindas de Cristo: a primeira, da humildade, que teve a primeira manifestação há cerca de dois mil anos, na Gruta de Belém; a segunda, da glória, que acontecerá no fim dos tempos e a vinda intermédia, silenciosa, que acontece hoje, em cada momento.
O Advento é a celebração cristã da ESPERANÇA do Povo de Deus ao longo da história. Recorda-se na liturgia Israel – que esperava o Messias – e a comunidade cristã primitiva – que esperava a segunda vinda do Senhor. O Advento lembra-nos que a verdadeira história da humanidade é a história da salvação e revela-nos Cristo escondido no nosso mundo.
Cristo, além de ser o alfa e o ômega, o princípio e o fim, é ainda o centro da história da Salvação e de todos os âmbitos da história humana. A liturgia de Advento aplica, por isso, a Jesus Cristo
os seguintes títulos messiânicos: Messias, Libertador, Salvador, Esperado das nações, Anunciado pelos profetas, Emanuel…
Maria assume um papel fundamental na história da Salvação e na vida da Igreja. Ela é o modelo da esperança cristã. O Advento é o seu tempo, por excelência. Em Maria, a humanidade é ”cúmplice” e íntima de Deus. As dimensões da figura de Maria, neste tempo litúrgico são: Presença, Exemplo e Intercessora.
Nossa Senhora possui muitos títulos devido a ocasião, dentre eles: Cheia de graça, Bendita entre as mulheres, Virgem e vários outros.
No tempo do Advento, a Igreja tem que manter uma atitude de Oração e vigilância diante do Senhor que vem e anúnciar a vinda de Cristo, a exemplo de João Baptista, o Precursor, transmitindo a esperança ao mundo que ainda é marcado pela guerra e pela dor. Uma esperança que tem um rosto – Cristo – e que é resposta aos anseios mais profundos da pessoa humana. A Igreja deve ainda se empenhar no mundo, no trabalho, na família, nas estruturas sociais, em todos os ambientes para a transformação e a abertura à salvação de Deus.
É preciso enfim, alegrarmo-nos e louvar o Senhor que vem. Se vivermos tais atitudes neste Advento, viveremos então uma espiritualidade comprometida.

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